
AUTORES
Em sua primeira edição, a Livre! Festival Internacional de Literatura e Direitos Humanos homenageia a escritora mineira Conceição Evaristo e o poeta mato-grossense Nicolas Behr, radicado em Brasília desde os anos 1970. Conheça um pouco da trajetória dos autores:
HOMENAGEADOS
Conceição Evaristo

71 anos, estreou na literatura em 1990, com obras publicadas na série Cadernos Negros. É Mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio e Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial, de gênero e de classe. A obra foi traduzida para o inglês e publicada nos Estados Unidos em 2007. Em 2015, ficou em terceiro lugar na categoria contos e crônicas do Prêmio Jabuti, com o livro Olhos d’água. Em 2017, recebeu o Prêmio Claudia na categoria Cultura. Participa de diversos eventos literários no Brasil e no exterior, tendo sido convidada para compor a programação principal da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de 2017. Atualmente, a escritora de Belo Horizonte (MG) é motivo de campanha para ocupar a cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Nicolas
Behr

60 anos, nascido Nikolaus von Behr (Cuiabá, 1958) está desde 1974 em Brasília. Seu primeiro livro, mimeografado, Iogurte com Farinha (1977), é um best seller, pois vendeu cerca de 8 mil exemplares de mão em mão. No ano seguinte, depois de lançar Chá com Porrada, foi preso pelo DOPS e acusado de “porte de material pornográfico”, sendo julgado e absolvido em 1979. Publicou nesse período, até 1980, 15 livros em mimeógrafo. Foi redator publicitário. Participou de movimento ecológico, tendo fundado várias ONGs ambientalistas no Distrito Federal nos anos 1980. Seu livro Laranja Seleta – poesia escolhida (1977-2007), lançado pela editora Língua Geral, foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura (2008). Em 2013, participou da Feira Internacional de Frankfurt. Em 2015, o Instituto de Letras da Universidade de Brasília instituiu o Prêmio Nicolas Behr de Literatura. Sua obra tem sido objeto de dissertações de mestrado e documentários.
Em cada domingo, dois autores se encontram na mesa principal da Livre! para debater temas atuais referentes à literatura e aos direitos humanos. Conheça os autores:
CONVIDADOS
Beatriz Leal Craveiro

nasceu em São Paulo, em 1985, e chegou em Brasília em 2004. Seu primeiro romance Mulheres que mordem (Imã Editorial, 2015) foi finalista do 58º Prêmio Jabuti. Participou da antologia de contos Novena para pecar em paz (Penalux, 2017), com o conto Luz negra. Recebeu o prêmio de primeiro lugar do 14º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães (2017), com o conto O ciclo de vida das borboletas. Tem contos publicados na revista Traços (Brasília) e Malunga (Goiânia). Escreveu o texto de curadoria e editou o catálogo da exposição A Cara de Brasília (2014). É formada em Jornalismo (Centro Universitário de Brasília), com especialização em Relações Internacionais (Universidade de Brasília), Comunicação Pública (Instituto de Educação Superior de Brasília), e pós-graduanda em Gestão de Políticas Públicas (Instituto de Gestão, Economia e Políticas Públicas).
Cristiane
Sobral

é carioca residente em Brasília. É mestra em Teatro pela Universidade de Brasília, especialista em Docência Superior pela Universidade Gama Filho, licenciada em Artes Cênicas pela Universidade Católica de Brasília e bacharel em Interpretação Teatral pela Universidade de Brasília. Dirige a Cia de Arte Negra Cabeça Feita desde sua fundação, em 1998. É diretora de Literatura Afro-Brasileira do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Ganhou o Prêmio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal de 2017 na categoria Culturas Afro-brasileiras. Ocupa a cadeira 34 na Academia de Letras do Brasil (ALB). Publicou os livros de poesia Não vou mais lavar os pratos (Garcia, 2016), Só por hoje vou deixar meu cabelo em paz (Teixeira Gráfica Editora, 2016) e Terra Negra (Malê, 2017) e de contos O tapete voador (Malê, 2016) e Espelhos, miradouros, dialéticas da percepção (Dulcina, 2011). Escreve no blog: cristianesobral.blogspot.com.
José Luís
Peixoto

nasceu em Portugal, em 1974. A sua obra abrange vários gêneros, da narrativa ao teatro, do romance à poesia, e foi distinguida com diversos prêmios literários tais como o Prémio José Saramago, o Prémio Libro d’Europa e o Prêmio Oceanos. Os seus livros estão traduzidos e publicados em 26 idiomas. Foi o mais jovem vencedor do Prémio Literário José Saramago, em 2001, com o romance Nenhum olhar, (Agir, 2005), incluído na lista do Financial Times dos melhores romances publicados na Inglaterra em 2007. Sua obra Morreste-me, de 2000 (atualmente publicado no Brasil pela editora Dublinense, 2015), foi escolhida como um dos dez mais importantes livros da primeira década do século XXI pela revista Visão. O romance Uma Casa na Escuridão, de 2002 (atualmente publicado no Brasil pela editora Record, 2009) foi incluído na edição europeia de 1001 Livros para Ler Antes de Morrer – Um guia cronológico dos mais importantes romances de todos os tempos. É colunista do Jornal de Letras e das revistas Visão, GQ, Time Out, Notícias Magazine, UP, entre outras.
Julián
Fuks

nasceu em São Paulo, é escritor e crítico literário. Seu romance A Resistência (Companhia das Letras, 2015) recebeu os prêmios Jabuti (Brasil, 2016), José Saramago (Portugal, 2017) e Anna Seghers (Alemanha, 2018). Em 2012, sua obra Procura do romance (Record, 2011) foi finalista do Prêmio Jabuti, do Prémio Portugal Telecom e do Prêmio São Paulo de Literatura. No mesmo ano, foi escolhido pela revista Granta como um dos vinte melhores escritores brasileiros com menos de 40 anos. Seu romance Histórias de literatura e cegueira (Record, 2007) também foi finalista do Prêmio Jabuti e do Prémio Portugal Telecom. Com Fragmentos de Alberto, Ulisses, Carolina e eu (7 Letras, 2004) recebeu o Prêmio Nascente, da Universidade de São Paulo. Foi repórter de 92 literatura da Folha de S. Paulo e colaborador das revistas Entrelivros e Cult. É doutor em Teoria Literária e mestre em Literatura Hispano-americana pela Universidade de São Paulo. Romances e contos seus já foram traduzidos para oito idiomas e publicados em diversos países.
Lisa
Alves

nasceu em Araxá (MG), em 1981. Faz parte do conselho editorial da revista Mallarmargens, é editora da Liberoamerica (Espanha) e resenha livros para a revista Incomunidade (Portugal). Tem textos publicados em diversas revistas, jornais e páginas literárias no Brasil, na Espanha, nos Estados Unidos, na Inglaterra e em Portugal. Autora do livro de poemas Arame farpado (Lug Editora, 2015), Lisa tem poemas e contos publicados em dez antologias lançadas no Brasil - como Novena para pecar em paz (Penalux, 2017), Poesia gay brasileira (Amarelo Grão Editorial e Editora Machado, 2017) e 29 de abril (Patuá, 2016) -; na Argentina - Poema capital (Eloisa Cartonera, 2011); no Uruguai – Liberoamericanas: 80 poetas (Liberoamerica, 2018); e no País Basco – Palestina Poemas (Biblioteca de Las Grandes Naciones, 2014). Teve trabalhos expostos no Festival Internacional de Videoarte de Barcelona de 2014, participou da Bienal do Livro de Brasília de 2016, da Movida Literária, em Brasília (2017), da exposição Poesia Agora, da Caixa Cultural do Rio de Janeiro (2017), e do evento “Voices in Oxford – Spanish & Latin American”, na Universidade de Oxford, na Inglaterra (2018).
Natalia Borges Polesso

nasceu em Bento Gonçalves (RS), é escritora e tradutora, doutora em Teoria da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e 93 mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras, Cultura e Regionalidade da Universidade de Caxias do Sul (2011). Possui graduação em Letras Licenciatura Plena em Português, Inglês e respectivas literaturas, pela Universidade de Caxias do Sul (2007). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura e Ensino de língua Inglesa. É autora dos livros Recortes para álbum de fotografia sem gente (Modelo de Nuvem, 2013) – vencedor do prêmio Açorianos de Literatura na categoria contos em 2013 –, Coração à corda (Patuá, 2015), de poesia, e Amora (Dublinense, 2015), de contos, vencedor dos prêmios AGES Livro do Ano 2016, Açorianos de Literatura 2016 – na categoria contos –, e de primeiro lugar na categoria de contos e crônicas do 58o Prêmio Jabuti, além do prêmio Jabuti Escolha do Leitor. Recentemente, foi selecionada para a coletânea Bogotá39, que reúne os 39 escritores mais promissores da América Latina com menos de 40 anos.
Paulliny Gualberto Tort

nasceu em Brasília e é neta de candangos. Escritora de ficção, é autora do romance Allegro ma non tropo (Oito e Meio, 2016), semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura 2017. A convite da organizadora Cinthia Kriemler, participou da coletânea de escritoras brasilienses Novena para pecar em paz (Penalux, 2017) com o conto Mirna. Já seu conto Domingo sem missa foi finalista do Prêmio Off Flip de Literatura 2018. Estreando na literatura, integrou a coletânea com os dez melhores contos do Prêmio Maximiano Campos 2008. Idealizou a Livre: Festival Internacional de Literatura e Direitos Humanos, tendo antes feito parte da curadoria e da produção da Movida Literária, evento que reuniu escritores na cidade de Brasília em 2017. Tem contos publicados 94 pela revista Traços, pela revista eletrônica Raimundo, pela Amazon e por blogs diversos. Participou de oficinas de escrita criativa com grandes escritores, tais como Charles Kiefer, João Gilberto Noll e Noemi Jaffe. Especialista em jornalismo literário e mestre em Comunicação e Sociedade pela Universidade de Brasília, produz e apresenta o Marca Página, programa sobre literatura veiculado pela Rádio Nacional (AM 980 e FM 96,1).
Sheyla
Smanioto

nasceu em 1990 em Diadema-SP – a cidade mais violenta do país à época –, em uma família de classe baixa. Em 2017, foi apontada pela revista Forbes como um dos jovens com menos de 30 anos que fazem a diferença no Brasil. Mestra em Teoria Literária pela Unicamp, é autora de Desesterro (2015) – romance mítico sobre ser mulher no Brasil –, que recebeu os prêmios Sesc de Literatura, Machado de Assis da Biblioteca Nacional e Jabuti. Entre seus outros trabalhos, estão o livro de poemas Dentro e folha (2012) e o curta-documentário Osso da fala (2013), contemplado pelo programa Rumos Itaú Cultural – Cinema e Vídeo. Venceu o IV Concurso Jovens Dramaturgos com a peça No ponto cego (2014). Com textos feitos para serem lidos com o corpo inteiro, e também com sua performance, participou de eventos dentro e fora do Brasil, como o Printemps Littéraire Brésilien e o Salão do Livro de Paris. Contou com apoio do Rumos Itaú Cultural para escrever seu segundo romance, Meu corpo ainda quente (a ser publicado). www.sheylasmanioto.com.